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MUNDIAL DE FUTEVÔLEI NA ITÁLIA

(em breve teremos fotos aqui)

Abaixo a matéria sobre o evento internacional na Itália publicada pela revista "Mundo Brasil", que muito nos honrou citando o nosso site

FOOTVOLLEY EM CHIOGGIA


Realizou-se, entre os dias 13 e 16 de agosto último, o Campeonato Internacional de Futevôlei, na praia de Sottomarina de Chioggia, Província de Veneza; uma iniciativa do Dr. Mauro Boscolo Bisto, assessor para o esporte e turismo da cidade. 

O evento foi enriquecido com um mercadinho étnico com artesanato brasileiro, conferências, e shows. Se apresentaram em Sottomarina o músico, cantor e compositor Jim Porto e o grupo de percussão Xodó da Bahia. 

Estiveram presentes: Alice Bornhofen (da Embaixada brasileira), Gianluca Di Furia e Max de Tomassi (do programa da radiouno "Brasil"), Chiara Giallonardo, como madrinha da competição e o empresárioVittorio Nola, administrador-delegado de Hoptima. 

O torneio contou com a participação de atletas do Brasil, Itália, França, Alemanha, Croácia, Tunísia, Áustria, Grécia e República de Malta. 



A comissão técnica era formada por: Lula, Selmo Tarnopolsky: www.futevolei.com.br, Luiz Cláudio de Castro Viana (Criollo) - presidente da Associação Carioca de Futevôlei - ACF, Rossano Boscolo - COL - Comitato Organizativo Local, Massimo Di Marzio - Secretario geral Federazione Italiana de Footvolley. 



ATLETAS BRASILEIROS:

- Luciano Barreto de Castro Viana (Luciano) e Veleno de Siqueira Neto (Ninho), do Rio e Recife;

- Fabio Alves Soares (Belo) e Marcelo Ramiro da Silva (Marcelinho), de Brasília, atualmente a dupla n° 1 do Brasil;

- Wellington Luís Correa (Helinho) e Eduardo Alessandro Paiva (Magrão), do Rio e São Paulo;

- Renan Lemmers Vieira (Renan) e Isael Maroli de Almeida (Isael), do Rio de Janeiro ;

- Marcel da Silva (Marcinho) e Leonardo Fialho Salles (Léo Tubarão), do Rio; 

- Hilton Santos Júnior (Júnior Negão) e Rodrigo Stokler de Freitas (Chumbinho);

- Pará (da Paraíba) e Gilbert Leal (Cabeção), Pará e Rio; 

- Marcelo e Odilon, de Natal, 

Os veteranos Maguila e Lula x Selmo e Criollo fizeram uma partida exibição no sábado, após as semifinais. João Lourenço Dos Santos, o Maguila, literalmente conquistou a platéia de Sottomarina, principalmente a criançada, distribuindo presentes e simpatia irresistível. 



ATLETAS ITALIANOS:

Veneto: Aris Boldrin e Filippo Frezzato – 4° classificados no campeonato italiano de Rimini;
Toscana: Massimiliano Teti e Francesco Buoni, Spartaco Costagli e Simone Marra;
Campania: Denni Mordenti e Marcello Gamberoni;
Lazio: Onorato Frattrelli e Virgilio Gianferri – 2° classificados em Rimini; 
Calabria-Basilicata: Francesco Lusciani e Vincenzo Cismarini, Francesco Vito e Peppino Giovazzino
Emilia Romagna: Sauro Pezzi e Davide Brunetti – 1° em Rimini, Massimo Agostini e Maurizio Galli – 3° em Rimini;
Abruzzo-Marche: Lorenzo Tenenti e Tito Perini, Capriotti e Ciferni. 



ATLETAS ALEMÃOS: 
- Stefano Mari e Labonte Lars, Marcos Stollar e Mayer Frank.



ATLETAS DA FRANÇA:

Francesco e Sandro.



A revista Mundo Brasil conversou com os atletas brasileiros que explicaram como o futevôlei se tornou um esporte a níveis nacional e internacional e alguns jogadores já serem considerados profissionais, porque possuem seus próprios patrocinadores, como é o caso de Belo e Marcelinho, que formaram a dupla no Rio e se consagraram em Brasília, tornando-se a dupla n° 1 do ranking brasileiro. Eles foram também os vencedores do Circuito de Miami, em março passado. 

Atualmente, no Brasil, existem várias federações de Futevôlei e até mesmo uma confederação - em Goiânia - e, de acordo com a opinião dos atletas e organizadores presentes em Chioggia, a principal dificuldade tem sido o entendimento entre as várias organizações para que se possa ter um calendário de eventos aberto a todos e alcançar uma respeitabilidade que leve o esporte a ser reconhecido no Brasil e no Exterior e, quem sabe, virar esporte olímpico, que é o sonho de todos. 

Atualmente o futevôlei é considerado esporte-exibição e deve ser apresentado nos próximos Pan Americanos no Brasil, em 2007. 

Em dezembro próximo, acontecerá o 1° Campeonato Mundial de Futevôlei, em Brasília, quando pretendem reunir o maior número possível de países onde o esporte é praticado. 

De 17 a 21 de Setembro, acontecerá a Copa da Grécia, com a participação de seis a sete países e onde Belo e Marcelinho irão representando o Brasil. 

Conversamos também com Selmo, do site do futevôlei: www.futevolei.com.br , que é também um dos pilares do futevôlei no Rio e no Brasil e luta incansavelmente pela profissionalização e respeitabilidade deste esporte, incentivando a participação dos atletas em torneios nacionais e internacionais e colaborando por maior divulgação da disciplina. Selmo disse estar muito orgulhoso da participação do Brasil no Campeonato de Chioggia e emocionado pelo fato do esporte estar se difundindo pelo mundo. Segundo ele, iniciativas como esta, oferecem uma extraordinária oportunidade de intercâmbio entre culturas, além de mostrar o esporte - em toda a sua excelência – e o amor que os atletas têm pelo que fazem -muitos deles custeando do próprio bolso as suas despesas de viagem -. 

Selmo contou como viu o esporte nascer, ainda criança, tendo conhecido pessoalmente os pioneiros do futevôlei. Ele também contou da dificuldade de entrosamento entre as diversas entidades que regulamentam o esporte no Brasil, que muitas vezes sacrificam o esporte como um todo, em nome de interesses pessoais e imediatos. 



O futevôlei surgiu, meio que por acaso, nas praias do Rio de Janeiro, em 1965. 

Segundo conta os diretores da (Associação Carioca de Futevôlei) e organizadores do site: www.futevolei.com.br, o ex-jogador da seleção e do Botafogo, Otávio de Moraes – o Tatá – para burlar a proibição da polícia de se jogar futebol na praia, decide utilizar um campo de vôlei, que era delimitado e, por isso, permitido, fundando assim o futevôlei, cujas regras foram surgindo à medida em que o esporte ganhava popularidade. Em princípio, jogava-se com cinco elementos de cada lado, passando depois a duplas e até umplas (um de cada lado), tendo-se fixado o número de dois jogadores por time. Há ainda o Super-Futevôlei, com quatro atletas de cada lado. 

Nos últimos anos, o esporte tem se espalhado pelo mundo, sendo jogado também nos EUA, Canadá, Havaí, Itália, Holanda, França, Suíça, Áustria, Grécia, Portugal, Espanha, Argentina, Uruguai e até mesmo na Tailândia, com algumas competições internacionais de relevo, como o Torneio de Miami e o 1° Campeonato Internacional, que aconteceu em Chioggia. 

A (Associação Carioca de Futevôlei) foi a primeira organização a ser fundada para representar o Futevôlei, em 22 de Agosto de 1989, e é responsável pela realização de vários torneios em todo o Brasil, integrando este esporte a nível nacional. A se dispõe também a levar os atletas a competições internacionais, como o caso de Chioggia. 



A revista conversou também com o representante do Comitê Regional da Campânia, ligado à Federação Italiana de Footvolley, Giovanni D’Antonio que nos contou como a Federação nasceu, dois anos atrás, e da intenção em divulgar este esporte em toda a Itália. A Federação pretende organizar torneios provinciais, regionais e nacionais de footvolley, no sentido de aumentar o interesse do público e de investidores neste esporte. O campeonato italiano de footvolley foi realizado em Rimini em julho deste ano. 



Aqui vai uma pequena descrição dos momentos fantásticos que vivemos nesses dias em Chioggia. Os times brasileiros, como era de se esperar, dominaram a manifestação com facilidade. O espetáculo subia de nível quando se encontravam as duplas brasileiras. Ao todo, sete duplas disputaram o campeonatoe todas foram para as fases finais. A organização do torneio previa que dois times fossem, depois das fases preliminares, diretamente para as semifinais. As duplas que foram diretamente para as semifinais foram Cabeção - Pará e Belo -Marcelinho. Os perdedores se encontrariam para decidir os que iriam participar das quartas de finais contra Renan – Isael e Helinho – Magrão, já classificados. Disputaram as duplas : Francesco – Sandro pela França, contra Luciano – Ninho, e Marcelo – Odilon contra Léo – Marcinho. Destas, se classificaram: Luciano – Ninho, numa vitória sobre os franceses de 18 a 11 e Léo – Marcinho, que venceram a dupla Marcelo – Odilon por 18 a 15. 

A segunda fase das quartas foram equilibradas e entusiasmantes. Isael - Renan ganharam de Luciano - Ninho em um encontro equilibrado e dramático. Empatados em 17 pontos, Luciano errou uma bola fácil dando a vantagem aos adversários. O ponto sucessivo saiu de uma defesa defeituosa de Luciano e uma recuperação de bola espetacular de Ninho, que se machucou colocando mal o joelho esquerdo. Ninho gritou dizendo ao seu parceiro para continuar e Luciano re-enviou a bola no campo adversário como pôde. Ninho tentou retornar ao seu lugar para defender a bola sucessiva, mas não teve mais condição e os adversários fecharam o jogo por 19 a 17. No outro jogo, houve o desafio entre a espetacularidade de Léo, rei do golpe-de-pé - ou seja: tocar a bola com o pé acima dos 2,20 metros da rede -, contra a eficiência dos levantamentos perfeitos de Helinho e as cabeceadas de Magrão. Resultado: 18 a 15 para Helinho e Magrão. 

Nas semifinais, Cabeção - Pará prevaleceram sem muitos problemas sobre Isael - Renan por 18 a 10, enquanto o jogo entre Belo - Marcelinho e Helinho - Magrão foi muito equilibrado, pois ambas as duplas fazem da eficiência do jogo o ponto forte. Prevaleceram Helinho - Magrão por 18 a 16.

A final para o terceiro lugar foi vencida por Belo - Marcelinho contra Isael - Renan por 18 a 15.

A final foi disputada em três sets: os primeiros dois a 18 o terceiro a 15 pontos. Cabeção - Pará impostaram a uma tática sacando sempre sobre Magrão. Esta tática baseava-se numa menor capacidade de resposta deste jogador, porém tinha o defeito que, se a primeira resposta era minimamente decente, dava a Helinho a possibilidade de levantar - e ele está entre os maiores levantadores do mundo - e a Magrão liquidar de cabeça, coisa que ele faz com excelência, seja pela altura que pela sua capacidade de elevação. O primeiro set não premiou a tática e Helinho - Magrão venceram por 18 a 14. No segundo set, a recepção de Magrão piorou e resultado foi exatamente o inverso: 18 a 14 a favor de Cabeção - Pará. No terceiro set, o primeiro controle de Magrão foi excelente, e Helinho foi alimentando as suas cabeçadas com a usual perfeição. Quando a conclusão cabia ao Helinho - dotado de menor estatura e tendo maior eficiência com ambos os pés no chão – esta era de precisão, em áreas do campo onde era mais difícil para os adversários chegar. O resultado final foi de 15 a 7 a favor da dupla Helinho - Magrão, que se consagraram os melhores do mundo.

Ao final tivemos um rápido bate-papo com Helinho e Magrão que se disseram extasiados por ter conseguindo levar na quadra o resultado de um longo tempo de treino e dedicação e conseguir uma vitória emocionante. Magrão destacou a experiência de Helinho que o ajuda e indica os buracos no campo adversário onde colocar a bola, com as suas cabeceadas. A dupla se destacou também pela harmonia e amizade existente entre os dois jogadores, que são afinadíssimos. Magrão nos revelou a sua admiração e respeito pelo amigo e parceiro Helinho, que retribuiu com muitos agradecimentos. Eles declararam ainda ter adorado o público de Sottomarina e o calor humano com que foram recebidos e deixaram os parabéns e agradecimentos à organização do evento. 

Cabeção, da dupla que ficou em segundo lugar, foi premiado como o melhor jogador em Chioggia. Ele disse ter ficado impressionado com o nível dos jogadores italianos, que considerou excelente, levando em conta o pouco tempo que o esporte começou a ser difundido na Itália e o pequeno período em que é possível jogar, por ano. 

Léo Tubarão consagrou-se o jogador mais amado pelo público e pelas meninas da organização, pela sua simpatia e os extraordinários golpes-de-pé, que são a sua marca registrada. 



Um abraço especial para o Ninho, com os nossos votos de uma rápida e definitiva melhora.

Enviamos também os nossos parabéns a todos os atletas brasileiros que estiveram em Chioggia, não só pelos jogos – que foram espetaculares -, mas também pela simpatia, humildade e entusiasmo, que nos fazem ter orgulho de sermos brasileiros. Beijos a todos. 



Marta Helena da Mata Almeida (texto)

Francesco Liardi (texto e fotos)

Fabrício Liardi (Fotos)

 

O Futevôlei, como todos os esportes, fomenta a integração entre os povos. O Brasil, país onde nasceu o Futevôlei, estreitou laços com a Itália através da Copa do Mundo de Futevôlei. Nossa Delegação cumpriu seu papel, seja dentro da quadra, com o segundo e terceiro lugar, seja fora dela, fazendo um trabalho de integração. Parabéns para nossa equipe: Selmo, Criollo, Luciano, Ninho, Cabeção, Pará, Belo e Marcelinho!

 

                               

      Rio de Janeiro, Capital  Mundial do Futevolei  *** Futevolei, Arte dos pés à cabeça *** 2002 : Brasil campeão mundial de Voleibol e Futebol (Futebol + Vôlei = Futevolei ) *** Futevolei esporte genuinamente brasileiro